Eliane e Givaldo são absolvidos por Júri popular
Autores do
homicídio de Neto despachante são absolvidos em julgamento de júri popular ocorrido
na Câmara de Canaã dos Carajás, PA, na última quarta-feira,4.
Réus confessos professora Eliane Rosa de
Souza, 38, e o taxista Gilvado Sá, 47, (seu namorado e cúmplice), ambos
envolvidos na execução de Severino Constantino Neto conhecido popularmente por
Neto Despachante foram absolvidos por voto do júri popular durante julgamento
ocorrido nesta última quarta-feira, 4, na Câmara de Municipal de Canaã dos
Carajás, PA.
Gilvado confessou ter contratado os
serviços de Antônio Ribeiro de Mendonça, apelidado de Antônio Juquira (foragido
da polícia), para executar Neto em 12 de março de 2012 pelo valor de 15 mil
reais. Na época, Neto era Diretor do Departamento Municipal de Transito de
Canaã e foi alvejado por quatro tiros enquanto trafegava
em uma motocicleta pela Av. Weyne Cavalcante em direção ao DMTC, hoje Setran.
De
dentro de um veículo modelo GM/ Classic de cor prata dirigido
por Givaldo Sá, Antônio Junquira disparou de um revolver calibre 38 quatro
tiros, e três atingiram a cabeça e um o peito da vítima que teve morte
instantânea. Givaldo e Antônio Junquira foram presos no município
de Água Azul do Norte, sul do Pará.
04
de dezembro sem dúvidas ficou marcado na história de julgamentos já ocorridos
em Canaã principalmente na mente
deaqueles que assistiram ao longo julgamento
de mais de 14 horas realizado no auditório da Câmara de Vereadores. O julgamento foi
iniciado às 9hs com intervalo de 45 minutos para almoço. Marcado por forte comoção dos que ouviam os relatos das
testemunhas a cada depoimento prestado, inevitavelmente
mais e mais fatos revelavam atitudes de violência doméstica que foram
praticados pela vítima contra a ré Eliana Souza em quase 17 anos de casamento
que segundo seu depoimento a violência continuou mesmo após os mais de dois
anos separados. Ela relatou ainda que suas atitudes violentas também eram
sentidas pela filha, hoje, com 18 anos de idade.
A
viúva de Neto, Maria Aparecida relatou em seu depoimento que a vítima não tinha
atitudes violentas contra ela e que mantinham uma relação matrimonial
harmoniosa.
A
família (pai, mãe e irmãos) e parentes da vítima marcaram presença, todos
usando camisetas brancas com a foto do ente querido e colocaram na entrada da Câmara
três faixas pretas com frases que manifestavam o pedido de justiça. Em uma das faixas
estava escrito: A principal igualdade entre as classes sociais é a justiça.
A
comoção das famílias de ambas as partes era forte. Durante todo o julgamento o
auditório esteve lotado pela comunidade canaense que recebeu o resultado da
sentença lida pelo Juiz Lauro Fontes Jr. por volta das 22hs30 com a absolvição
dos acusados.
Durante o momento de debate entre banca
de defesa composta pelos advogados Wandergleison Fernandes, Arnaldo Júnior e
Cleuber Mendes e a banca ex-adversa coordenada pela Promotora de Justiça
Crystina Michiko Takeda Morikawa ambos fizeram suas colocações finais sobre o
caso: Por parte da defesa uma das colocações foi que a absolvição não significaria dizer que eles não cometeram crime, mas,
sim, o de clemência dada a dois réus que confessaram em julgamento terem
praticado os atos pelos quais estava sendo acusados. Em
contrapartida, a promotora Crystina colocou: “os réus sentenciaram Neto a
morte, sentença esta que os acusados jamais receberão por punição”. Outra forte
colocação da promotora foi: “os réus ali estavam com direito de defesa, mas
neto que foi alvejado por quatro tiros não a teve”.
Após a finalização do julgamento Eliane
Souza, sua filha seus parentes e Givaldo foram cumprimentados por todos.
Não íntegra: Decreto da Setença:
Absolvição
da ré Eliane Maria Rosa pelo crime de homicídio doloso contra Severino de Souza
Neto; e absolvição de Givaldo Sá, pela cumplicidade no crime, mas condenação de
1 ano e 4 meses de reclusão a Givaldo por falsidade ideológica, já que ele
portava uma cédula de identidade falsa quando foi apreendido, todavia, como
estava preso desde o mês de março de 2012, o júri então entendeu que ele já
cumpriu a pena. O público presente aplaudiu a decisão do júri.
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